“Não temos medo”, o emotivo grito de repúdio ao terrorismo em Barcelona
Depois de um emotivo minuto de silêncio, a multidão que acompanhou a cerimônia em homenagem às vítimas do atentado em Barcelona puxou o coro: “Não temos medo”
A multidão que compareceu hoje à Praça Catalunha para homenagear as vítimas do atentado de Barcelona mostrou que a cidade não se curvará à violência jihadista. Após o minuto de silêncio e dos aplausos, as pessoas começaram a gritar “não temos medo”, num momento carregado de emoção.
À frente da multidão estavam o rei Felipe VI, o primeiro ministro da Espanha, Mariano Rajoy, o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, e a prefeita de Barcelona, Ada Colau, além de ministros de estado e secretários do governo.
Muitos dos cidadãos presentes carregavam rosas vermelhas nas mãos, que foram empunhadas ao alto. A cerimônia, convocada pelas autoridades locais, alcançou o objetivo de demonstrar ao mundo que Barcelona continuará sendo uma cidade de acolhida e de paz.
Após o ato, muitos dos participantes se dirigiram às Ramblas, onde aconteceu o atropleamento massivo que matou 13 pessoas e feriu mais de 100 (mais uma morte foi registrda hoje de uma mulher atropelad pelos atacantes de Cambrils). A área continua isolada para o tráfego de veículos e fortemente vigiada.
Em locais emblemáticos do passeio foram depositadas flores, velas, bichos de pelúcia e cartazes com mensagens aos familiares das vítimas. Um deles está ao pé do poste que ornamenta a entrada do caminho de pedestres, próximo à Praça Catalunha, onde começou o ataque. Logo em seguida, há outro na Fonte de Canaletes.
O último deles está no mosaico de Miró, em frente ao Teatro Liceu, onde o veículo utilizado no ataque finalizou seu mortífero trajeto. Ali uma joven cantava “Imagine”, de Jonh Lennon, acompanhada de um violão, emocionando quem passava pelo local. Volta e meia, um grupo entoava o coro “não temos medo”, sendo apaludido por quem passava.
Repórteres de todo o mundo armaram seus equipamentos para registrar a manifestação e fazer entrevistas ao vivo com quem foi ao local. Onde o ar que se respirarava após tanta tensão era de pura solidariedade.