Chuteiras com as quais Messi bateu recorde de Pelé são leiloadas por mais de 140 mil euros

Dinheiro arrecadado em leilão realizado pela Christie’s será destinado ao programa “Arte e Saúde” do hospital Vall d’Hebron, em Barcelona, segundo indicações do craque blaugrana

As chuteiras usadas por Leonel Messi na partida na qual bateu o recorde de Pelé em dezembro passado como melhor marcador com a mesma equipe foram vendidas hoje (30) num leilão online da Christie’s por 143.580 euros (equivalente a R$ 938 mil). O dinheiro seá destinado ao programa “Arte e Saúde, realizado no Vall d’Hebron, em Barcelona, em parceria com o Instituto Catalão de Saúde e o Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC).
A decisão de doar as chuteiras para leilão foi tomada após Messi marcar o histórico gol de número 644, Messi na partida contra o Valladolid. A marca anterior era do “Rei Pelé”, que acumulava 643 gols. As chuteiras da marca Adidas foram entregues ao Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC), que acertou com o craque em leiloá-los para dedicar os benefícios ao “Arte e Saúde”.

O valor conseguido no leilão foi o mais alto de todos os tempos alcançado por um calçado de futebol usado, título até então conseguido com a venda das chuteiras que francês Paul Pogba usou na final da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, vendida por 37 mil euros. As chuteiras,assinadas pelo ’10’ do Barça, trazem as inscrições “Antonella Roccuzzo” (parceiro de Messi) e “Thiago, Mateo e Ciro” (seus três filhos) com suas datas de nascimento, personalização que agora é menos visível por conta do tempo de uso. Mesmo para a casa de leilões londrina Christie’s, acostumada a lidar todos os dias com “objetos maravilhosos”, é incomum “coincidir com um par de chuteiras de tamanha importância que pertence a um jogador que ainda é um herói “, ele comentou Zita Gibson, diretor de coleções privadas e icônicas.
O projeto “Arte e Saúde” utiliza a arte como ferramenta terapêutica e preventiva para melhorar a saúde física e emocional de crianças e das suas famílias. A iniciativa, realizada desde 2018, faz parte do trabalho que o MNAC desenvolve para quebrar barreiras -sociais, económicas, de conhecimento- e reforçar a sua dimensão social, tornando-se um espaço para minorias.
A primeira edição do programa permitiu um trabalho com mulheres de diversas origens culturais (imigrantes ou refugiadas) que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático e que vivem em situações de vulnerabilidade social. A edição deste ano será dedicada a melhorar a saúde e bem-estar de crianças com câncer e outras doenças graves e suas famílias, especialmente durante a permanência no hospital.

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