Terror no centro de Londres
Um ataque terrorista ocorrido no coração de Londres nesta quarta-feira (22) terminou com quatro mortos e mais de vinte feridos. Entre eles dois civis que transitavam pela ponte de Westminster, um policial e o atacante, que foi morto a tiros ao tentar entrar no parlamento britânico. O autor do atentado foi identificado como Abu Izzadeen, de 41 anos, um pregador islâmico de origem jamaicana recém saído da prisão.
Segundo a polícia, o homem nascido no Reino Unido mudou o nome de Trevor Brooks para Abu Izzadeen após se converter ao islamismo. Era conhecido pelos seus discursos de ódio e, segundo o International Business Times, saiu recentemente da prisão, onde esteve por ter cometido crimes relacionados com terrorismo. Segundo o The Independent, há vídeos no YouTube em que Abu Izzadeen diz ser importante matar policiais e admite que todos os que estão no parlamento são infiéis.
Segundo a polícia, das vinte pessoas ficaram feridas, algumas em estado crítico. As autoridades acreditam inicialmente que outro homem haveria participado do ataque, mas ainda não há comprovação. Contudo, o porta-voz da polícia confirmou que as autoridades estão a explorar a possibilidade de existir um segundo atacante, referido por algumas testemunhas. O edifício do Parlamento foi revistado ponta a ponta.
O ataque ocorreu ao início da tarde. O homem, armado com uma faca longa, conduziu o seu carro pela ponte de Westminster atropelando vários pedestres. Uma mulher se jogou no rio Tamisa e foi resgatada com vida, embora em estado grave.
Depois, o atacante investiu o carro contra o gradeamento dos jardins e avaçou a pé em direção a dois polícias armados, esfaqueando um e ferindo outro. Ao tentar aceder ao interior do edifício onde estava a primeira-ministra Theresa May.
Nesse momento, os agentes de segurança atuaram, impedindo que ele entrasse no prédio. “À medida que ele tentava entrar no edifício, dois policiais à paisana gritaram que ele parasse. Mas ele ignorou as ordens. Então, eles dispararam duas ou três vezes até ele cair”, conta uma testemunha.
A ação ocorreu extamente uma ano após os atentados em Bruxelas que custaram a vida de 32 pessoas e deixaram mais 320 feridos. E guarda semelhanças como as ataques ocorridos com caminhões nas cidades de Nice, na França, e de Berlim, na Alemanha.