Fidel Castro, em 1973: “EUA dialogará com Cuba quando tenha um presidente negro e haja um papa latino-americano”
Você pode imaginar a reação dos jornalistas que ouviam Fidel Castro no longínquo ano de 1973, quando ele deu a resposta acima ao inglês Brian Davis? Correspondente de uma agência de notícia, o repórter havia perguntado: “Quando o senhor crê que poderão ser restabelecidas as relações entre Cuba e Estados Unidos, dois países tão distantes apesar da proximidade geográfica?”.
Bem, alguns jornalistas riram, num misto de incredulidade e ironia e ninguém deu muita bola para a previsão do líder da revolução cubana. Essa história, divulgada pelo jornal espanhol La Vanguardia (leia aqui), é contada pelo jornalista e escritor argentino Pedro Jorge Solans em reportagem sobre a reabertura das relações entre EUA e Cuba. Podendo ser conferida em sua versão original na versão eletrônica do jornal El Diario de Carlos Paz.
Solans relata que na ocasião, Fidel teria olhado fixamente para o repórter que fez a pergunta e salpicado: Estados Unidos dialogará conosco quando tenha um presidente negro e um papa latino-americano”.
À época a guerra fria estava no auge, Richard Nixon no seu segundo mandato como presidente dos EUA e a guerra do Vietnam havia acabado. Assuntos que mais interessavam aos jornalistas que participavam das habituais coletivas de imprensa internacional concedidas pelo comandante Castro.
A história foi descoberta por Solans através do taxista Eduardo de la Torre, que è época era estudante universitário. E que jamais imaginaria, como os jornalistas que participaram da coletiva, que um dia o negro Barack Obama seria o presidente do país mais poderoso do mundo. Muito menos que um papa de nacionalidade argentina pudesse estar à frente do Vaticano.
Coisas da história!
