Garoto de 13 anos mata professor e fere quatro em escola de Barcelona

Joan Fuster vale

Confira o vídeo reportagem no meu perfil do facebook

Eram 9h20 da manhã (4h20 da madrugada no horário de Brasília) desta segunda-feira, 20 de abril, quando o garoto de 13 anos, estudante do Institut Joan Fuster, situado no bairro de Navas, La Segrera, em Barcelona, começou o ataque no qual foi morto de um professor e feridas quatro pessoas. Ao olhar a foto dele, registrada em um celular de uma amiga na escola, sorrindo junto a colegas no pátio da escola, uma pergunta me veio à mente. O que levou um menino aparentemente tão normal – como muitos jovens do Instituto Joan Fuster destacaram – a praticar um ato como estes?

Era o que alunos, professores, curiosos e jornalistas que se aglomeravam em frente à escola se perguntavam. Bem como a população, visto ser o primeiro caso em desta natureza ocorrido em escolas na Espanha.

Nos textos que se multiplicavam nos jornais eletrônicos e nas redes sociais, o enredo foi se descortinando. O menino levava consigo uma ballestra, espécie de arco e flecha medieval, e uma faca, além de uma lista com 25 nomes de pessoas que planejava matar.

Atacou primeiro a professora de castelhano, que dava aula naquele momento, e em seguida a filha dela, que estudava na mesma classe. O professor morto, trabalhava como substituto na escola há apenas uma semana, e dava aula de Ciências Sociais. Ao ouvir gritos, saiu para ver o que estava acontecendo. A primeira versão divulgada nos meios digitais, dava conta de que ele foi atingido nas costas por uma flecha. Mais tarde a informação foi corrigida. Ele teria sido apunhalado com uma faca após cair no chão.

O garoto ainda teria ferido mais um aluno e uma professora, ao sair correndo por dentro da escola. As testemunhas relatam que ele olhava a lista e procurava aqueles cujos nomes estavam anotados.

Todos alunos com quem conversei na frente da escola, inclusive os que não eram seus amigos, buscavam explicações para o ocorrido. Frisaram mais de uma vez que era um menino tranquilo. Alguns contaram que ele havia falado por diversas vezes aos amigos “que um dia ficaria louco e mataria todo mundo”, numa referência aos professores, mas ninguém havia dado crédito às suas ameaças.

Apenas uma aluna falou que a irmã do garoto, que também estuda no Institut Joan Fuster, reiteradas vezes teria dito aos pais que o irmão fazia coisas estranhas em casa, sem detalhar a que se referia. Mas que os pais teriam respondido que ela era muito crítica com o garoto.

Um amigo que estudava com ele desde os 3 anos de idade informou a uma emissora de TV que desde criança o menino era aficionado por armas. E na imprensa ventilou-se que seu pai seria um skinhead, partidário de grupos de extrema-direita. Informações ainda não confirmadas.

Por ter menos de 14 anos, o garoto não pode ser imputado pelo crime. As notícias veiculadas até o final da tarde pelos meios de comunicação da Espanha informavam que ele estava sob custódia policial em um hospital psiquiátrico, pois suspeita-se que padeça de distúrbios mentais. Os feridos, dois professores e dois alunos, foram levados a hospitais de Barcelona, receberam atendimento médico e não correm risco de vida.

Agora caberá às autoridades explicar ar o que aconteceu com aquele garoto. Se é que existem respostas para as perguntas que pairam nas cabeças de quem vive por aqui.

Confira abaixo link com da edição na internet do El País Brasil sobre a notícia:

https://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/20/internacional/1429517734_522794.html

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