Brasileiras presentes na manifestação de 8 de março em Barcelona
Oito coletivos, plataformas e associações brasileiras marcarão presença na grande manifestação do Dia Internacional da Mulher em Barcelona
Foto de capa: Adriana Pimentel/Casa da Gente
O Brasil feminista estará representado nesta quarta-feira, 8 de março, na manifestação do Dia Internacional da Mulher em Barcelona, convocada pela Assembleia 8-M. As vozes brasileiras estarão representadas pela plataforma Mulheres Brasileiras contra o Fascismo; associações Casa da Gente; Brasil Auê, Cia las 2 Madres; Abrascat, Sapem, Art Col·lectiva e pelo Conselho de Cidadania de Barcelona. A concentração está prevista para às 18h, com saída às 18h30, no cruzamento da Gran Via de Les Corts Catalanes com Viladomat.
“Acompanhadas de mulheres capoeiristas, que simbolizam a resistência e a luta, nos unimos para manifestar nossas lutas diárias pela dignidade das mulheres imigrantes, racializadas e trans que lutam no dia a dia para sobreviver frente ao patriarcado, ao machismo e heteronormatividade”, explica a presidente da Associação Casa da Gente, Maria Batet, ao convocar a comunidade brasileira residente na capital catalã a participar do ato.
Durante a manifestação, nas qual participam diversos coletivos da Catalunha, haverá lugar de fala para as brasileiras, que serão representadas por duas mulheres racializadas, uma delas trans. Elas se encarregarão de ler manifesto, no qual colocam em destaque a luta antiracista, o transfeminista e imigrante. Neste ponto, vão ter ao lado o Movimento Regularización Ya.
ATOS – Diversos atos estão previstos durante o 8 de março em Barcelona. Um deles acontece ao meio-dia, Plaça Universitat, é convocado pela Associação de Estudantes para denunciar que “o capitalismo é uma violência contra a mulher”. O ato maior, concentrando entidades de toda Catalunha, da qual participam os coletivos brasileiros, é convocado no mesmo loca, às18h30, pela Assembleia 8-M, numa mobilização feminista “contra o sistema cishetero patriarcal, racista e classista”.
Nesta quarta-feita também estão convocadas greves trabalhistas, de saúde, de consumidores e de sala de aula. O movimento trabalhista critica a precarização do trabalho, os baixos salários e as piores condições para as mulheres, mulheres trans e migrantes, bem como as dificuldades de conciliação. Já a greve das enfermeiras pedem para “parar tudo” devido “ao grande volume de trabalho para a manutenção da vida” que as mulheres fazem todos os dias e que “cai desproporcionalmente” sobre este grupo. No caso do consumidor, a Assembleia do 8-M convoca protesto contra o aumento geral de preços: “Ir comprar também é cuidar”. O objetivo da greve nas salas de aula, por sua vez, é mostrar o repúdio às “privatizações e cortes na educação” e exigir protocolos de ação “eficientes” contra a violência machista e LGBTIfóbica.