Vítimas do terremoto em Marrocos sobem a quase 3 mil em meio a críticas pela lentidão nos resgates

Número de feridos passou para 2.562, enquanto ainda há cadáveres sob os escombros em locais onde as equipes de resgate não chegaram

É a terceira noite consecutiva para muitos sobreviventes em Marrocos que lutam para encontrar abrigo e bens básicos, no meio de críticas de que a ajuda humanitária começa a chegar lentamente. Marrocos destacou o exército, reforçou as equipes de busca e está fornecendo água, alimentos, tendas e cobertores à área a sudoeste de Marrakech, abalada pelo terramoto da última sexta-feira (08/09).

Até agora, as autoridades marroquinas aceitaram ajuda apenas da Espanha, Reino Unido, Qatar e Emirados Árabes Unidos, justificando que desta forma pode organizar as buscar de forma melhor. Embora não chegue às zonas mais afetadas, há gestos de solidariedade como o de um grupo de rapazes de Casablanca, originários da zona afetada, que chegam carregados de ajuda.

O terremoto teve epicentro em Ighil, uma cidade localizada a cerca de 80 quilômetros a sudoeste da cidade de Marrakech. Existe o receio de que os edifícios que estão de pé possam ruir, porque, além disso, apresentam muitas fissuras.

As aldeias do Alto Atlas localizadas no epicentro são as mais castigadas. Em Imine Tala, uma aldeia de 100 habitantes, pelo menos 70 pessoas foram soterradas sob os escombros. As construções, feitas de adobe, mistura de barro e palha, são as mais comuns na região. E esse material, de fato, cedeu facilmente à agitação intensa. Os habitantes destas localidades relatam que as equipes de resgate ainda não chegaram e que há cadáveres acumulados sob os escombros.

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