Desilusão com partidos independentistas não foi suficiente para desmobilizar Diada da Catalunha
Milhares de pessoas foram às ruas clamar por independência no momento em que os votos independentistas no Congresso são chave para reeleição de Pedrto Sánchez
Seis anos de repressão e violência do governo espanhol a Catalunha não foram suficientes para desmobilizar aqueles que defendem a independência. Isto ficou claro na manifestação conocada pela Assembleia Nacional Catalã (ANC), que culminou na Praça Espanha, nesta Diada de 11 de setembro. Foram 115 mil assistentes segundo a Guarda Urbana de Barcelona e 800 mil segundo os organizadores da ANC.
Os números de quem participa é sempre distoante, mas chamou atenção que tanta gente diversa e de diferentes lugares da Catalunha viesse mais uma vez clamar pela independência, apesar da desilusão com os partidos políticos independentistas nos anos de pós independência falida de 2017.
E isto acontece num momento chave, quando o primeiro ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez depende dos votos dos partidos independentistas catalães – Esquerda Republicana e Junts – para governar por mais quatro anos. E a outra saída é enfrentar Alberto Núñez Feijóo, do Partido Popular, com quem empatou em votos nas eleições gerais e em caso de novas eleições pode ser revertido pelo adversário.
Assim, como analisam comentaristas políticos, Pedro Sánchez começa a assimilar temas que pareciam impossíveis como o da anistia aos reperesaliados e exilados independentistas. De um lado Sánchez tem os votos já dados anteriormente por ER e agora os de Junts – que votaram contra na última investidura – que cobram alto por dar seus votos ao socialista, abrindo o debate também para o exercício de autodeterminação da Catalunha e um futuro referendo.
O demonstrado na manifestação da Diada é que a gente que parecia desmobilizada está atenta, fiscalizando os passos dos partidos independentistas na fiscalizaçã da negociação do conflito político com a Espanha.