OMS desativa emegência mundial pela Covid-19
1.221 dias depois de receber as primeiras notícias do coronavírus, a OMS coloca fim à emergência global devido à pandemia de Covid-19
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou hoje em Genebra que o alerta internacional de saúde pública para a Covid-19, decretado em 30 de janeiro de 2020, terminou. Desta forma, consideram que a covid deixou de ser uma ameaça à saúde em escala global e põe fim à fase mais crítica da pandemia.
“Temos motivos para ter esperança. O número de mortes registradas está no nível mais baixo desde o início da pandemia e em muitos países a vida voltou ao normal”, explicou. Segundo Tedros, a capacidade de resposta que os sistemas de saúde têm atualmente contra possíveis surtos nada tem a ver com a de há três anos.
Contudo, a OMS deixa claro que isso não significa que o coronavírus não seja mais um problema. Também não descarta que novas variantes possam aparecer a longo prazo. Por tudo isso, já publicaram um documento – que deverá ser uma ferramenta útil até 2025 – que atualiza a estratégia de prevenção, controle e resposta à doença para o futuro.
NÚMEROS OFICIAIS – Nestes três anos e cinco meses, segundo dados da OMS, registaram-se oficialmente 765 milhões de casos de covid no mundo, e 6,9 milhões de pessoas perderam a vida devido à infeção pelo coronavírus. Em primeiro lugar de destaque na lista dos países mais afetados estão os Estados Unidos: eles registraram 1.162.400 mortes pela pandemia e 106 milhões de casos. Em número de óbitos, a lista continua com o Brasil, com 700 mil; Índia, com 531 mil; Rússia, com quase 400 mil; México, com 333 mil, e Reino Unido, com 223 mil.
Quanto ao país onde começou a pandemia, a China, é já oficialmente o segundo país com mais casos registados, 99 milhões, e já se registaram 120 mil mortos. No entanto, que a grande maioria destes casos e destes óbitos ocorreram entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Até então, a rigorosa e feroz estratégia de covid zero promovida pelo presidente do país, Xi Jinping, havia conseguido manter a incidência muito baixa, mas à custa de desacelerar bastante a economia.
EMERGÊNCIA PLANETÁRIA – As primeiras notícias sobre o surgimento do novo coronavírus na cidade chinesa de Wuhan surgiram nas primeiras semanas de janeiro de 2020, enquanto a China o minimizava e milhões de cidadãos viajavam pelo país e pelo mundo para comemorar o Ano Novo Chinês. No final do mês, assim que o governo chinês reagiu, mais de 50 milhões de pessoas foram confinadas e as companhias aéreas internacionais cancelaram todos os voos com a China, mas já era tarde e, em 30 de janeiro, a OMS declarou emergência global, que desativou hoje.
