Sant Jordi recupera fôlego e leva milhares às ruas da Catalunha

Expectativa é que vendas de livros e rosas ultrapassem volume de ediçoes anteriores, marcadas pela pandemia e um 2022 de más condições metereológicas

Sob um agradável sol primaveril milhares de pessoas saíram às ruas da Catalunha na Diada de Sant Jordi, quando se presenteiam livros e rosas. Em Barcelona, um mar de gente passeou animada pelas ruas cheias de barracas, em muitas das quais se formavam filas para conseguir a assinatura dos autores de lançamentos do ano. A expectativa é para livreiros e vendedores de flores é de que este seja o melhor Sant Jordi de todos os tempos, após a pandemia e um 2022 de más condições meteorológicas.  

Neste Dia do Livro, a Câmara de Comércio espera ultrapassar os números do ano passado, no qual oram vendidos 1,7 milhões de livros com um volume de negócios de 22 milhões de euros. Esperam também continuar ganhando espaço perdido para o e-commerce, principalmente por conta da pandemia: 70% das vendas de livros são feitas diretamente e não pela internet. O Grêmio dos Floristas da Catalunha acredita que  seis milhões de unidades de rosas serão vendidas, 40% em estabelecimentos profissionais e os 60% restantes em as múltiplas barracas montadas nas ruas por pessoas e entidades.

MAIS VENDIDOS – “Les nostres mares“, de Gemma Ruiz Palà, e “Gran Enciclopèdia del Barça“, de La Sotana, foram os livros de ficção e não-ficção mais vendidos em catalão. Em espanhol, os mais vendidos foram “El ángel de la ciudad“, de Eva García Sáenz de Urturi, na ficção e “Cómo hacer que te pasen cosas buenas“, de Marian Rojas Estapé, na não-ficção. E na literatura infantil e juvenil, o best-seller em catalão foi “Les excursions d’en Tito“, AA.VV.

Em Barcelona, 320 bancas de livros foram espalhadas por sete bairros da cidade.  A prefeitura fechou o trânsito de diversas ruas do centro formando uma super ilha literária, entre as ruas Diagonal, Gran Via, Balmes e Pau Claris. O Passeig de Gràcia e a Rambla de Catalunya voltaram a ser pontos-chave, com uma concentração de 180 bancas de livros.

Com as cidades enfeitadas de rosas de diversas cores e monumentos vestidos para a festa, muita gente aproveitou para passear e fazer fotos, como a maioria dos que paravam em frente à mítica Casa Batló, de Gaudí.

Fachada da Casa Batló, de Gaudí, vestida para o Sant Jordi em Barcelona

No Passeig de Sant Joan, as bancas vendiam quadrinhos e literatura infanto-juvenil se interligando ao Passeig Lluís Companys. O setor infantil e juvenil vem ganhando adeptos, passando de 15% para 40% das vendas nos últimos anos. Além disso, a capital catalã incorporou um novo espaço de livros: a Carrer Gran de Gràcia, desde os Jardins de Salvador Espriu até a Traversera de Gràcia.

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