Processo de independência da Catalunha encalha

Masjan16
Não da CUP a Artur Mas encalha processo de independência da Catalunha e gera descrédito

A euforia por ter alcançado a maioria de deputados independentistas nas eleições para o Parlamento da Catalunha, em setembro passado, transformou-se em frustração agora em janeiro. A negativa da CUP, partido da esquerda radical, em somar os votos dos dez deputados eleitos aos 62 da coalizão Juntos Pelo Sim para reeleger o atual presidente da Catalunha, Artur Mas, encalhou o processo de desconexão da Espanha.
Isso porque a lei diz que se até o próximo dia 10 de janeiro não houver investidura no cargo, novas eleições serão convocadas automaticamente. Com isso, o plano de desenhar uma nova constituição e proclamar a república, que tinha previsão de ser executado em 18 meses, não será iniciado. E sem acordo, as eleições legislativas na comunidade autônoma se repetirão em março.
O não da CUP a Artur Mas foi oficializado neste domingo (03), depois de três meses de tensas negociações com os integrantes do Juntos pelo Sim, que defendem a reeleição do atual presidente. Para isso, a coalizão necessitava de 68 votos em primeira convocação (maioria absoluta) e 64 votos segunda (maioria simples).
A decisão gerou discórdia entre as correntes independentistas e descrédito na população. A leitura é de que se não há capacidade política para eleger um presidente como será possível executar as ações necessárias para constituir uma república e enfrentar a pressão da Espanha, contrária à separação.
Nesta terça-feira (05), o presidente Artur Mas, concederá entrevista coletiva para posicionar-se. Seu partido, Convergência Democrática já declarou que não trocará de candidato, como sugerido pela CUP, de ideologia anticapitalista. Que não aceita Mas por pertencer a uma corrente de centro direita, no poder desde 2011.

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