Clélia Fialho Ferreira
“As pessoas não morrem, partem primeiro”, Camões
Mais, muito mais do que uma secretária de alta competência, com predicados acima dos padrões. Ela foi além disso, muito mais do que uma eficiente assessora técnica e administrativa, provida de invejável capacidade de iniciativa e liderança, de conformidade com o perfil de um colaborador ideal almejado por atarefados executivos. Clélia Fialho Ferreira, aos setenta e três anos, envolvida, há décadas em atividades executadas na tenda de trabalho deste desnorteado escriba, acaba de partir primeiro, deixando um vazio impreenchível, foi uma irmã, amiga e conselheira, presente o tempo todo em nossa lida cultural e profissional.
Cuidava, com esmero sem igual, da digitação de textos, arquivos, de todo o suporte logístico necessário ao trabalho relacionado com os artigos, conferências, discursos, livros por mim produzidos. Na memória privilegiada e em agendas bem cuidadas relacionava informações valiosas para que os resultados das ações empreendidas pudessem ser eficazes. Ser humano admirável, sensível aos clamores sociais, sempre disposta a atuar com presteza em afazeres que requeressem seus préstimos, Clélia conquistava simpatia à primeira vista de quantos dela se acercavam.
Otimista, acreditava no destino superior do ser humano, achando sempre uma palavra de encorajamento e alento para situações perturbadoras. Quando alguém exprimia inconformismo, decepção, frustração, face a problema ocasional, costumava aconselhar, fraternalmente, ao dito cujo, a tentar desvencilhar-se da “amolação”, “amarrando tudo em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Chamada prematuramente a cumprir outra missão no plano existencial , minha irmã, conselheira e amiga Clélia já está fazendo muita falta. Sua ausência, como dói!
*Junto com Cesar Vanucci, colaborador deste blog, rendemos homenagem a Clélia, tão adorável pessoa que deixa uma lacuna imensa entre a família, os amigos e aqueles que compartilharam a vida com ela.