Supremo envia líderes catalães a julgamento
O Tribunal Supremo da Espanha confirmou nesta quinta-feira (25) a instrução do juiz Pablo Llarena contra dezoito líderes independentistas pelos feitos que culminaram com a declaração de independência em 27 de outubro de 2017 e abriu o procedimento para o julgamento oral, que deve ter início em janeiro de 2019.
Isso significa que o tribunal valida o processamento por rebelião, sedição e malversação contra o ex-vice-presidente Oriol Junqueras e os ex-secretários de governo Raül Romeva, Dolors Bassa, Jordi Turull, Josep Rull e Joaquim Forn, assim como contra a ex-presidente do parlamento, Carme Forcadell, e os ativistas Jordi Sànchez e Jordi Cuixart.
Também entram no rol os membros soberanistas da então mesa do parlamento que não estão na prisão, sob a acusação de desobediência: Lluís Corominas, Anna Simó, Lluís Guinó, Ramona Barrufet e Joan Josep Nuet. Na lista dos processados consta ainda os nomes dos ex-secretários Carles Mundó, Meritxell Borràs, Santi Vila, e da ex-deputada da CUP, Mireia Boya.
Ficam fora do julgamento os exilados porque Llarena não conseguiu a extradição: Carles Puigdemont, Toni Comín, Marta Rovira, Anna Gabriel, Meritxell Serret, Lluís Puig e Clara Ponsatí.
O Supremo anunciou que arquiva de maneira definitiva as investigações contra o ex-presidente Artur Mas, a ex-presidenta da Associação de Municípios pela Independência (AMI), Neus Lloveras, e a ex-coordenadora do PDeCAT e atual senadora Marta Pascal. Estes não são processados, mas o partido de extrema-direita Vox havia solicitado que fizessem parte da causa.
Com isso, começa um período de cinco dias para que as acusações apresentem os seus argumentos e se verá então quais são os delitos pelos quais a Procuradoria Geral do Estado e Vox os acusam.