Protesto em Barcelona contra o racismo e o fascismo representado por Vox
Manifestação acontece no próximo sábado, 23 de março, na capital catal§a, puxada pela plataforma Unidade contra o Fascismo e o Racismo contra o partido de extrema direita
A capital catalã será palco no próximo sábado, 23 de março, do ato Stop Vox convocado pela plataforma Unidade contra o Fascismo e o Racismo. A manifestação chamará atenção para o “crescimento do fascismo e da extrema direita” e especialmente se posicionará contra Vox, partido visto como atual expoente do racismo e da xenofobia na Espanha.
A plataforma, formada por duzentas entidades que têm como objetivo o combate do fascismo no território catalão, argumenta que está enfocando Vox no centro do protesto porque “na Espanha a extrema direita já não é tão abstrata, tendo nome e sobrenome”. O ato se insere no marco do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, que se celebra em 21 de março, e contará com manifestações em diversas cidades do mundo.
“É necessária uma resposta urgente e unitária”, ressaltou o porta-voz da plataforma, David Karvala, na coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (18) para divulgar os detalhes do ato, que acontecerá no Passeio de Gràcia, a partir das 17h (horário local) em Barcelona. “A extrema direita é um perigo crescente em toda a Europa e em todo o mundo. Tem cada vez mais presença nas instituições”, alertou, ao remarcar que o estado espanhol não está imune.
Karvala ressaltou que Vox conseguiu reunir 13 mil pessoas em seu último ato, realizado em Vistalegre, e que tem grande chance de abocanhar cadeiras no Congresso espanhol nas próximas de 28 de outubro, quando haverá eleição para deputados e senadores. Contudo, advertiu que o protesto não é só contra Vox, ao qual apontam, mas a todos os políticos que estão demonstrando uma deriva autoritária, “como é o caso de Pablo Casado do Partido Popular.
O porta-voz disse que o auge de Vox vem se associando com o crescimento de casos de agressões racistas, homofóbicas e machistas. “Agora é um partido com 10% de votos, que dá argumento às pessoas para cometerem agressões”.